04/08/2021

Variante delta ameaça fim da pandemia, mas governo brasileiro só assiste

No momento em que ultrapassa a marca de 20 milhões de infectados e se aproxima dos 560 mil mortos por Covid-19, o Brasil corre o sério risco de pagar, mais uma vez, o preço de ter um presidente que se recusa a assumir suas responsabilidades diante da pandemia do novo coronavírus.

Os casos de infectados pela variante delta já preocupam as autoridades de saúde de vários estados, com riscos maiores para crianças e idosos, segundo a Fiocruz. No município do Rio de Janeiro, 45% dos novos casos se devem à delta. Mas, diferentemente do que ocorre em outros países, o governo Bolsonaro nada faz para coordenar ações que reduzam o impacto dessa mutação do vírus, mais transmissível e mais letal que as anteriores.

A variante delta do SARS-Cov-2 foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020 e logo se espalhou pelo mundo. Hoje, já foi identificada em 96 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo o Brasil, onde há transmissão comunitária ao menos em São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Nos países aonde chegou primeiro, a delta levou ao aumento de casos, internações e mortes, forçando governos sérios a tomarem providências. Na China, o governo voltou a decretar lockdown em várias cidades para conter a proliferação. Nos Estados Unidos, o uso de máscaras em locais fechados vem sendo retomado, e as campanhas para que as pessoas se vacinem foram intensificadas, uma vez que a grande maioria dos pacientes que morrem após contrair a variante estão entre os não imunizados. A Europa também já discute que medidas serão adotadas no outono.

No Brasil, o governo que tornou o país um alvo fácil do coronavírus no começo e no desenrolar da pandemia, agora repete o mesmo crime com o surgimento da nova variante.

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Por Alderi Dantas, 4/08/2021 às 20:52

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