Depois de duas semanas de recesso parlamentar, a CPI da Covid retoma os trabalhos com o foco em aprofundar a investigação sobre as suspeitas de irregularidades nas negociações de vacinas, e deve abrir novas linhas com a inclusão dos contratos de uma empresa de logística que presta serviços ao Ministério da Saúde.
Durante o recesso parlamentar, senadores e técnicos da CPI criaram núcleos de investigação para se aprofundar na análise de documentos. A comissão avançou sobretudo nas investigações a respeito das tratativas para a compra da vacina indiana Covaxin, segundo Renan.
A Covaxin entrou no centro das investigações da CPI depois que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do ministério Luis Ricardo Miranda, disseram ao colegiado ter informado ao presidente Jair Bolsonaro que havia irregularidades no processo de compra, que, mesmo assim, não foi suspenso.
Somente após a denúncia o Ministério da Saúde determinou o cancelamento definitivo do contrato.
As reuniões da CPI recomeçam nesta terça-feira, 3, com o depoimento do reverendo Amilton Gomes, implicado em outra suposta tentativa de venda fraudulenta de vacinas ao Ministério da Saúde, esta por intermediários da empresa norte-americana Davatti Medical Supplies.
Os senadores tentam também abrir uma nova via de investigação, incluindo sites e blogs alinhados com o bolsonarismo e conhecidos por publicarem notícias falsas.
A alegação dos autores dos requerimentos, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o senador Humberto Costa (PT-PE), é que a divulgação de notícias falsas ajudou a dificultar o combate à Covid-19 no país.
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Por Alderi Dantas, 2/08/2021 às 23:04 - Foto: Agência Senado
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