"Senador, o senhor pode ficar tranquilo que eu não sou porteiro. Não vai me intimidar, não. Mas, senador Flávio Bolsonaro, vossa excelência é contumaz ao dar declarações atacando o Poder Judiciário, especialmente o juiz Flávio Itabaiana", afirmou Witzel a Flávio. Pouco antes o depoente também disse que o senador era mimado e mal-educado.
A fala era uma referência ao porteiro do condomínio em que Jair Bolsonaro tem residência no Rio, que inicialmente afirmou que os assassinos da vereadora Marielle Franco teriam ido à casa do presidente, mas que depois mudou a sua versão.
Protegido por um habeas corpus, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel compareceu à CPI da Pandemia, mas sua presença no colegiado durou apenas cerca de 4 horas e 30 minutos e nem todos os senadores presentes puderam fazer perguntas.
A cúpula da comissão chegou a sugerir uma sessão fechada, questionando o depoente se ele se sentia inseguro para prestar esclarecimentos naquelas condições. Witzel afirmou que não se intimidaria, mas que aceitaria a sessão fechada, apenas com membros da CPI, para apresentar alguns elementos sigilosos de investigação.
Senadores da CPI da Covid já reclamaram entre si nos bastidores do comportamento de Flávio na comissão. Os parlamentares dizem que o filho de Bolsonaro costuma aparecer em depoimentos mais rumorosos para o governo e costuma encarar o depoente.
Por Alderi Dantas, 16/06/2021 às 16:53
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