O Brasil caminha perigosamente para o descontrole inflacionário. Indicador oficial da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 0,83% em maio. O resultado, 0,52 ponto percentual acima da taxa de abril (0,31%), é o maior para um mês de maio desde 1996, quando atingiu 1,22%.
O acumulado no ano alcança os 3,22%, e o dos últimos 12 meses, 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses anteriores e bem acima do teto da meta (5,25%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta quarta (9).
“Esse resultado do mês tem muito a ver com produtos e serviços monitorados, principalmente energia elétrica e combustíveis”, afirmou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Já a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que entre os 13 produtos que compõem a cesta básica de alimentos, o açúcar e a carne bovina de primeira registraram aumento de preço em 16 das 17 capitais analisadas e o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 14 das 17 cidades analisadas entre abril e maio.
Com isso, o salário mínimo ideal subiu para R$ 5.351,11 em maio de 2021. Em abril, o valor havia sido de R$ 5.330,69. O mínimo ideal do mês é quase cinco vezes superior ao piso nacional vigente, de R$ 1.100.
Para chegar ao valor, o órgão calcula o gasto necessário para sustento de uma família de quatro pessoas, considerando dois adultos e duas crianças, com base na cesta de alimentos mais cara do país.
Por Alderi Dantas, 10/06/2021 às 20:38
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