09/11/2020

O doutor ainda não “vestiu-se” de prefeito, mas quer um segundo mandato

Um irreparável prejuízo corrói neste momento o futuro do Assu. Diante de uma gestão que não compreendeu o valor de cuidar das pessoas, crianças e adultos vivem uma dramática agonia diária por assistência médica em todo o município, pouca educação e pequena expectativa de vida. Creio que basta citar essas três questões para que os cidadãos compreendam que de verdade o Assu oficial está paralisado, imobilizado e, pior, se deteriorando.

Mas, enquanto essa tragédia habita o dia-a-dia dos assuenses, o doutor continua fazendo política de forma primitiva, com falta de objetividade na discussão de propostas e metas para o município, e com sobra de efeitos especiais capazes de superar Spielberg no Parque dos Dinossauros. Neste campo, lembro a historinha da decisão de não disputar a corrida a prefeitura em 2020, revelar publicamente a sua decisão, deixar vídeo gravado derramando lágrimas e, em seguida, passar o rodo.

Urge, portanto, lembramos que o plano que o doutor apresentou para a prefeitura do Assu para o quadriênio 2017-2020, contemplando ações planejadas para a promoção do desenvolvimento centrado no ser humano, construindo uma cidade com qualidade de vida para seus moradores, estruturada na sua infraestrutura e criando oportunidades que promovesse efetivamente crescimento econômico, foi ótimo instrumento de propaganda eleitoral e até fez uma massa maioritária acreditar nessa realidade, mas não prosperou . Seja porque o doutor continuou amando apenas a medicina, porque a saga da gestão foi o retrovisor e a busca da desconstrução da imagem do antecessor e não a construção de uma esperança ou porque em vez de ser um prefeito presente foi um ausente

Pois é, como o prometido não saiu dos panfletos da propaganda política a cada dia o que vislumbramos foi a cidade inchar e se entupir de angústia e irritação haja visto perceber que a proposta da gestão do doutor amparada no slogan: Gente Cuidando de Gente, não conferiu no geral, apenas no particular. Assim, os problemas da cidade e os erros de gestão se acumularam nestes 3 anos, 10 meses e 9 dias, sem que o povo do Assu usufruísse de iniciativas razoáveis na construção de uma cidade inteligente, próspera e sustentável por parte da gestão. Basta de mesmice! Calçamento de ruas, reforma de escolas, conserto de estradas, não significam esperança e muito menos elevação do Índice de Desenvolvimento Humano.

É preciso refletir sobre a realidade assuense. O Assu precisa de muitas coisas, começando pelo cuidado com as pessoas, transparência e zelo para com a coisa pública. Mas, pede antes de tudo um prefeito que vista-se de prefeito, um prefeito que respire a vontade de ser prefeito, um prefeito que viva presente para dialogar, conhecer os problemas, sugerir e resolver.

Quanto ao desejo de um segundo mandato, convenhamos, parece muito torto. O lema Gente cuidando de gente, que serviu de pano de fundo para os painéis da gestão, nunca vingou. E o amor lançado na campanha, sempre foi um amor ausente. Qual então a lógica que orienta o doutor a disputar um segundo mandato?

Por Alderi Dantas, 09/11/2020 às 15:30

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