Enquanto o médico e prefeito do Assu, Gustavo Soares, aparece na reta final da campanha eleitoral dizendo que vai ser médico plantonista na UTI do Hospital Regional Doutor Nelson Inácio dos Santos, em Assu, o governo do Estado do RN lança o pedido de socorro para viabilizar o financiamento dos leitos de UTIs montados durante o período crítico da pandemia do novo coronavírus.
A rede pública de saúde do Rio Grande do Norte chegou a criar ou contratar 312 leitos de UTI durante a pandemia do novo coronavírus, para atender a demanda de pacientes graves e a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte busca manter, após a pandemia, cerca de 120. O número integra um planejamento que está sendo feito dentro da secretaria, mas que já enfrenta um desafio: o financiamento, segundo o secretário de Saúde, Cipriano Maia.
Em média, um leito custa R$ 3 mil por dia aos cofres públicos, porém, os que são habilitados pelo Ministério da Saúde recebem repasses federais, que ajudam no custeio. Para o secretário Cipriano Maia, a classe política do estado terá que se unir para buscar a manutenção do co-financiamento e garantir a resolução de um "gargalo histórico no sistema de saúde do estado".
"Nós temos um planejamento já em curso em que teríamos em torno 120 leitos que manteríamos habilitados", afirmou Cipriano Maia em entrevista a Inter TV Cabugi.
Na relação de leitos prioritários no planejamento da secretaria, o titular da pasta não citou os 10 leitos criados no Hospital de Assu, apenas os 20 leitos criados no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, os 10 em Pau dos Ferros, além de leitos no Seridó e na região metropolitana de Natal.
Assim, em vez de anunciar na reta final de uma disputa eleitoral que vai ser médico plantonista sem ter sequer solicitado a sua transferência ao Estado – dando a entender o seu discurso como um ato de oportunismo político –, melhor seria que ele estivesse presente na luta para a UTI do Hospital de Assu continuar funcionando.
Por Alderi Dantas, 14/11/2020 às 13:35
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