O diretor-presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirmou nesta terça-feira (28) que a discussão sobre o papel do governo está ideologicamente exacerbada e que o setor empresarial precisa do Estado para que o funcionário trabalhe bem.
"Não acredito muito que nós não vamos ter que ter Estado, eu ao menos preciso dele para que meus funcionários trabalhem com segurança, para que eu tenha mão de obra qualificada para contratar e para não gastar tanto dinheiro com saúde privada", afirmou em evento do banco Credit Suisse em São Paulo, ao ser questionado sobre a percepção da sociedade sobre o papel do Estado.
Trajano participou de discussão sobre o futuro do Brasil ao lado de André Street, cofundador da Stone, de Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin Medicina, e de José Olympio Pereira, presidente do Credit Suisse no Brasil.
Uma das empresas de destaque na Bolsa nos últimos anos, com valorização de 110% em 2019, o Magazine Luiza tem parte de seu modelo de negócios inspirada no gigante do ecommerce global Alibaba.
Trajano destacou que a China foi o país que mais gerou e distribuiu riqueza no mundo nos últimos 30 anos. Ponderou que se trata de um país comunista, mas chamou atenção para a abertura econômica e para a redução gradativa do Estado.
"Nao quero na minha rede ter que ser um super especialista em segurança e fazer papel de polícia dentro dos meus CDs [centros de distribuição], quero que o Estado faça isso bem feito. Não quero ter que corrigir o sistema criando uma universidade corporativa porque não é a melhor locação do capital do meu acionista. O Estado tem que fazer isso bem feito", afirmou.
Para ele, não cabe ao setor empresarial resolver todos os problemas do país.
Por Alderi Dantas, 28/01/2020 às 20:37 - Com informações da FolhaPress
0 Comentários:
Postar um comentário