O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) gastou R$ 48 milhões com auditoria que prometia abrir a “caixa-preta”, mas o relatório conclusivo não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.
No tocante as decisões do banco, o documento aponta: “Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado”.
A “caixa-preta” foi um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro. Para muitos apoiadores do presidente, a investigação teria potencial para apontar malfeitos maiores do que os apontados pela Operação Lava Jato na Petrobrás.
A missão foi conferida pelo presidente Jair Bolsonaro ao dirigente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy, primeiro nomeado pelo governo para comandar a instituição. Levy falou em “ter clareza sobre operações do passado”, e não avançou na busca por operações fraudulentas. O comportamento foi apontado como um dos motivos para a insatisfação de Bolsonaro com sua gestão – o executivo pediu demissão após o presidente dizer em entrevista que estava “por aqui” com ele.
A auditoria foi apresentada no mês passado e O BNDES declarou, em nota, que o documento foi entregue ao Ministério Público Federal. No entanto, o relatório foi conclusivo no sentido de que as oito operações investigadas não tinham irregularidades.
Por Alderi Dantas, 20/01/2020 às 21:47 - Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e o G1
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