10/06/2019

Imprensa mundial repercute escândalo batizado de #VazaJato

O escândalo da troca de mensagens entre procuradores da Lava Jato e Sérgio Moro repercutiu na imprensa do mundo todo. Em extensa matéria o The New York Times reforça a notícia que chocou o Brasil: "a prisão de Lula preparou o caminho para a eleição de Jair Bolsonaro, um político de extrema direita que nomeou Moro como ministro da Justiça."

A reportagem da RFI (Rádio França Internacional) destaca a cobertura na imprensa francesa, com destaque para o Le Monde e o Libération: '''algumas mensagens também revelam que os procuradores tinham sérias dúvidas sobre a existência de provas suficientes da culpa de Lula', continuam o vespertino francês Le Monde e o diário Libération, lembrando que o caso resultou na prisão do ex-presidente. 'Mas se essas mensagens forem verdadeiras, elas derrotam a suposta imparcialidade necessária do juiz Moro', sentencia Le Figaro."

A matéria ainda acrescenta a repercussão no mundo árabe: "o canal árabe Al Jazeera relata que os principais promotores brasileiros 'teriam conspirado para condenar Lula'. Enquanto o jornal espanhol La Vanguardia fala claramente de uma 'conspiração para impedir a volta do PT ao poder'. O diário afirma que a troca de mensagens 'deixa poucas dúvidas de que a operação judicial liderada por Moro tinha objetivos políticos'."

O The New York Times co-enunciou a matéria com bastante destaque em sua home. Eles subscreveram: "mensagens privadas vazadas entre agentes da justiça no Brasil colocaram em questão a integridade de uma vasta investigação de corrupção que perturbou o establishment político do país e espalhou-se por grande parte da América Latina."

O jornal americano ainda sublinhou: "trechos de chats de celular publicados na noite de domingo pelo site de notícias online The Intercept sugerem que Sérgio Moro, o mais importante juiz envolvido na Operação Lava Jato, consultou e aconselhou procuradores federais sobre a estratégia."

As revelações fornecem munição poderosa aos críticos de Moro, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro em 2017, o que o tornou inelegível para concorrer a um novo mandato nas eleições presidenciais do ano passado.

A prisão de Lula preparou o caminho para a eleição de Jair Bolsonaro, um político de extrema direita que nomeou Moro como ministro da Justiça e se ofereceu para indicá-lo para a próxima vaga na Suprema Corte.

Integra da reportagem AQUI.

Postado em 10/06/2019 às 20:04

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