02/12/2018

A luz e as trevas na política do Assu

Por Alderi Dantas - Jornalista

- No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia: e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. Disse Deus: haja luz. E houve luz. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre luz e as trevas (Gênesis 1). 


Pois bem, precisamos mais do que nunca fazer a separação entre a luz e as trevas na seara política e, principalmente, na política do Assu. A discussão germina na esteira do papel disforme e vazio de uma parte dos atores da representação política e no dualismo verbal da outra parte, porém nesse momento ficarei apenas com a banda do legislativo. Outras faces e zebras deixarei para fazer em outro ensaio.

Em Assu, a tese das trevas é sustentável – entre outros fatos – na esteira do discurso dinossauro do vereador Francisco de Assis Souto (Tê) quando, por exemplo, em uma das sessões ordinárias do legislativo assuense, mirou os vereadores da base oposicionista ao Doutor (Gustavo Soares) e a Professora (Sandra Meireles) e na sua mais fiel arrogância política gritou a plenos pulmões: “Vocês perderam a eleição e vão ter de engolir doutor Gustavo” e, fechou: “Se conformem. Vocês vão ficar na peia”. Esqueceu o vereador Francisco de Assis Souto (Tê) na sua atitude prepotente que 16. 976 eleitores não votaram no doutor, 491 eleitores votaram branco e 1.240 eleitores anularam o voto, a pergunta é: o que sobrará para esse universo de gente, “peia” também? Preto no branco, parece que sim, haja visto os vinte e três meses e dois dias da gestão. Mas, tem quem confesse que a “peia” ultrapassa esse universo e alcança grande parte dos 18.217 eleitores do doutor.

As trevas andou rodeando também o discurso da vereadora Elisangela Albano na sua tentativa de fazer a separação entre a luz e as trevas no tocante ao não cumprimento do cardápio alimentar conforme as especificações nutricionais e, principalmente, de acordo com o edital licitatório realizado na atual gestão. Na guerra, a vereadora usando o princípio maquiavélico: “os fins justificam os meios”, para alcançar seu propósito de defesa disse que visitando uma escola na gestão anterior (Ivan Júnior) encontrou pão seco na merenda. Mas, porque então a vereadora Elisangêla Albano não cumpriu naquele momento o seu verdadeiro papel, denunciando o problema e buscando providências junto aos devidos órgãos? Pois, não consta nos registros que a vereadora tenha denunciado tal situação naquele momento aos órgãos de fiscalização e controle da gestão pública.

Mas, o encontro do ruim com o pior das trevas veio com muita intensidade no decorrer do ano de 2018 nas ações e palavras do vereador João Wálace no teatro da guerra para manter-se na presidência da Câmara Municipal do Assu, assim como nos aplausos da vereadora Fabielle Bezerra ao poderio do seu colega presidente. E, por último, na acolhida da empáfia – relato logo acima – do vereador Francisco de Assis Souto (Tê) por corações e mentes massacradas, a ponto de elegê-lo presidente da Câmara para o biênio 2019/2020.

É compreensível a propagação da luta em defesa do engajamento político de grupos, no entanto, dispor de um mandato para servir mais de bastião político do que qualquer outra missão é transgredir a função legislativa.

Como se percebe, as trevas imperam com muita intensidade na política do Assu e, consequentemente, falta luz para que a Aldeia Grande brilhe no firmamento das suas potencialidades e grandezas.

Postado em 02/12/2018 às 21:00

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