O Ministério Público Federal (MPF) abriu nesta quinta-feira (25), a quatro dias da eleição, uma investigação contra o economista do candidato Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes. A suspeita é que ele tenha obtido “benefícios econômicos” a partir de possíveis “crimes de gestão temerária ou fraudulenta” de investimentos derivados de fundos de pensão.
O MPF vai investigar se o economista aplicou dinheiro capitado por fundos de pensão de maneira irregular, deixando prejuízos milionários aos aposentados das estatais. As operações são relacionadas a cinco fundos de estatais que tiveram prejuízos após aplicarem dinheiro nos negócios geridos por Guedes, entre eles a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal, a Petros, dos servidores da Petrobrás e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.
Segundo a suspeita, a empresa de Guedes, que faz gestão de investimentos, teria cobrado comissões consideradas “abusivas”. Os procuradores consideram sem “qualquer sentido” a base de cálculo para definir a comissão, que renderam à empresa faturamento de R$ 152,9 milhões entre 2009 e 2014.
Essa não é a primeira investigação aberta contra o economista. O Ministério Público já investiga suspeitas de gestão temerária ou fraudulenta no BR Educacional, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) gerido por uma empresa de Guedes que captou recursos dos fundos estatais para investir no setor privado de educação.
Por Alderi Dantas, 26/10/2018 às 12:49
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