O ex-governador Alberto Goldman, quadro histórico, ex-presidente e integrante da executiva nacional do PSDB, declarou um sonoro #EleNão e seu voto em Fernando Haddad (PT). Para o ex-governador, a fala em que Jair Bolsonaro insinua perseguição a opositores 'ultrapassou qualquer limite do aceitável'.
Goldman reconhece que nunca passou por sua cabeça que um dia pudesse votar no PT, mas o discurso proferido por Bolsonaro, no domingo, 21, colocou o dirigente 'além do limite do suportável'. Alerta ainda que isso contraria princípios constitucionais.
'Não é um voto pelo PT, mas contra Bolsonaro. Ele representa tudo o que abominei e vivi na ditadura militar', afirmou Goldman.
Na outra ponta, o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, barrou a articulação para que o apoio expressado por Goldman a Haddad fosse assumido por outros membros da sigla. Mesmo que Alckmin avalie que um eventual governo Bolsonaro seja 'catastrófico', e que o país não vai demorar muito para ver pessoas morrendo nas portas dos hospitais por falta de gestão e investimento na área, não quer se posicionar.
O não posicionamento de Alckmin tem a ver com sua tentativa de manter o comando do PSDB, e o fato de muitos filiados terem decidido apoio ao candidato do PSL, ele acredita que sinalizar ser pró-Haddad possa enfraquece-lo internamente.
"Eu não quero pagar pra ver. Depois de tantos anos de embate com o PT e de ter sido até mesmo responsável direto pela instalação da CPI dos Correios, que desnudou o Mensalão, nunca imaginei votar neles e estava disposto a anular meu voto. Mas Bolsonaro passou dos limites aceitáveis no último domingo, com um discurso que nos traz de volta os momentos mais dramáticos da nossa história. Eu não quero pagar pra ver. Votarei em Fernando Haddad, contra a ameaça aos valores democráticos", relatou Goldman.
Por Alderi Dantas, 24/10/2018 às 18:52
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