Uma piora para Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas fez com que o candidato mudasse a estratégia. O candidato decidiu aparecer mais e cobrar foco de aliados que estão envolvidos em campanhas estaduais.
A decisão foi tomada depois que levantamento feito pelo Ibope, de terça-feira (23), mostrou que o candidato oscilou 2% para baixo em relação ao levantamento anterior, do dia 15.
Houve também piora na rejeição, que subiu 5% indo para 40%, enquanto Fernando Haddad (PT) teve melhora no indicador, diminuindo 6% na rejeição.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (25) também mostrou uma piora no desempenho de Bolsonaro, com perda de 3% dos votos válidos na comparação com o levantamento anterior do instituto. Já Haddad subiu 3% da pesquisa anterior.
Até a semana passada, a cúpula do PSL trabalhava com a ideia de 'jogar parado'. Falar o mínimo possível já que o que cenário estava favorável. Em visita à Superintendência da Polícia Federal no Rio, na semana passada, Bolsonaro chegou a falar que estava "com a mão na faixa".
Essa piora, na visão de aliados do candidato Bolsonaro, pode ter ocorrido pela denúncia de que empresas estariam pagando por pacotes de distribuição de conteúdo, via WhatsApp, para difamar o Partido dos Trabalhadores, em favor de Bolsonaro.
Pesou também negativamente o fato de ter circulado um vídeo do filho do presidenciável o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), falando em fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).
Isso fez com que Bolsonaro fizesse uma transmissão ao vivo no Facebook, na noite de quarta (24), e arregaçasse pedindo para que seus aliados se concentrassem na eleição nacional, deixando de lado as disputas por governos dos estados. "A questão da neutralidade é justamente porque não está garantida minha eleição no próximo domingo", comentou.
Por Alderi Dantas, 26/10/2018 às 06:21
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