02/09/2018

Teté viverá para sempre

Por Marisa Pinto - Professora 

Conheci Demóstenes, o pai de Teté e hoje fico pensando que ELE teve a mesma inspiração que o Avô paterno de Teté quando escolheu o nome do filho. 

Demóstenes é o nome de um político grego com ideal democrático que foi considerado o maior orador de todos os tempos. O Demóstenes de Açu foi um grande fotógrafo e deu ao seu filho o nome DEMÓCRITO - (em grego antigo: Δημόκριτος, Dēmokritos, "escolhido do povo"; ca. 460 a.C. — 370 a.C.). Foi contemporâneo de Sócrates, e, do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras tratou da ética.

Foi ele que avançou os estudos sobre o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso. Há anedotas segundo as quais Demócrito ria e gargalhava de tudo e dizia que o riso torna o homem sábio, por isso mesmo passou a ser conhecido, durante o renascimento, como "o filósofo que ri." Muitos consideram que Demócrito é "o pai da ciência moderna".

Com tamanha inspiração o nosso DEMÓCRITO AMORIM não poderia ser uma pessoa comum. Sempre se destacou por sua irreverência, por sua inteligência e pelo talento profissional.

Cursamos juntos a Faculdade de Letras, e, assim como se destacava na ARTE de fotografar, ele também se destacava na ARTE da palavra. Fizemos muitos trabalhos em grupo e a sua contribuição era sempre respeitada e aplaudida.

Carinhosamente toda Açu lhe chamava Teté. Assim, também todos os seus colegas da Faculdade de Letras. Teté era direto, objetivo e falava tudo que pensava sem filtrar as palavras e isso muitas vezes incomodava. Junto com Marcos Alberto Sá Leitão (de saudosa memória) e Edilson (Don Fernandes) formava um trio muito querido e admirado por toda comunidade universitária.

O tempo passou rápido e a festa do reencontro da nossa turma nunca aconteceu.

Este ano completaremos 40 anos da formatura das primeiras turmas do Campus Universitário de Açu.

Continuo sonhando com um GRANDE EVENTO para rever e abraçar os que dirão SIM ao convite.

No começo do ano eu ficava pensando como seria reencontrar Teté e tantos outros amigos com quem compartilhei momentos inesquecíveis da minha juventude.

Com a notícia da morte de Teté, fico pensando que o nosso reencontro NÃO terá a PRESENÇA física de vários colegas. Será marcado pela falta de Aurino, Marcos e Teté que nos contagiavam com a luz e a alegria que deles irradiavam.

Açu, hoje está mais pobre, mas, estou convencida de que o céu está mais alegre com o retorno deste filho tão especial que se imortaliza em nossa memória.

A todos os familiares de Teté, em especial à minha eterna professora Zilda Amorim, à queridíssima Zélia Amorim e ao seu irmão Bobô, os meus sentimentos de pesar e a minha prece pedindo a Deus para ajudá-los a aceitar com serenidade o que NÃO pode ser mudado.

TETÉ viverá para sempre em nossa lembrança e em nosso coração.

Postado em 02/08/2018 às 09:00 - Foto: cedida (autor desconhecido)

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