O reajuste de 16,38% nos próprios salários que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) querem pode gerar uma fatura extra de até 4,1 bilhões nos orçamentos da União e dos Estados para 2019. Se o projeto for aprovado pelo Congresso Nacional, as remunerações passarão de R$ 33 mil para R$ 39 mil.
"O mesmo STF que apoia as medidas de retirada de direitos do golpe, decide incluir aumento de salários para ministros de 16,38% no orçamento de 2019", escreve a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) em sua conta no Twitter. "Fome, recessão e desemprego para os pobres. Aumento de salário para os juízes. Esse é o Brasil desigual do golpe", complementou.
Em 2016, o STF negou o pedido formulado pelo PT e pelo PCdoB para suspender a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 95, que congela os gastos públicos por 20 anos. De acordo com o projeto, o investimento de um ano deve corresponde ao do ano anterior, corrigido pela inflação.
O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) também aprovou, por unanimidade, o orçamento do MPF para o ano de 2019, incluindo reajuste de 16,38% para todos os procuradores da República, a exemplo do que fizeram os ministros do STF.
O reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF produzirá um “efeito cascata”, no RN, de pelo menos R$ 25,8 milhões a mais no TJRN, MPE e TCE. O salário dos desembargadores – teto do funcionalismo público – passaria para R$ 35,4 mil.
10/08/2018
Reajuste no STF: “Recessão para pobres e reajuste para juízes é o Brasil desigual do golpe”
Por Alderi Dantas, 10/08/2018 às 13:51
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