O texto adentra o legislativo assuense, mas antes de chegar até ele antecipo a informação de que o relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 na Câmara Municipal de Natal, vereador Ubaldo Fernandes (PMDB), recebeu 256 emendas ao projeto enviado pelo Executivo. Do total, 217 foram consensuais, 31 não consensuais e oito foram retiradas de pauta.
“As emendas consensuais, entre o Executivo, a bancada governista e a oposição, serão aprovadas em bloco. As não consensuais serão votadas individualmente, como destaques, e serão submetidas ao debate político”, explicou Ubaldo. O Município prevê Orçamento de R$ 2,7 bilhões para o próximo ano.
A Lei Orçamentária Anual é elaborada pelo Poder Executivo e encaminhada para apreciação do Legislativo com todas as previsões de despesas e receitas para o ano seguinte. É por meio dela que é definida a destinação dos recursos movimentados pela Prefeitura. Os vereadores podem modificá-la.
Quando falamos, estudamos ou analisamos a política de qualquer país, estado ou município sempre nos deparamos com as expressões “oposição” e “situação” para caracterizar aqueles políticos que são a favor ou contra o governo.
A oposição política realmente é algo central não apenas para o funcionamento dos regimes democráticos, do ponto de vista das cobranças as ações governamentais, mas como também para a própria caracterização do que é um sistema democrático. Não podemos compreender oposição e situação como aquele que está certo e aquele que está errado. Não funciona assim. Mas, o que vemos no legislativo assuense é a falta de diálogo entre partidos e políticos de situação e oposição. A situação tem repetidas vezes diminuído a oposição a nada.
E quando isso acontece, as discussões e vetos de projetos que trariam benefícios para o povo são simplesmente deixados de lado por disputas políticas, colocando em risco o andamento da própria vida do município. Deixando que as decisões sobre o andamento do município sejam tomadas por aquela bancada que tem a maioria na Casa Legislativa.
Infelizmente, o mal da maioria dos políticos brasileiros, idem assuenses e idem situacionistas, é a preocupação em combater o lado oposto pensando nos partidos, coligações e chefes políticos, esquecendo que sua missão na vida pública é representar o povo, apoiando, debatendo, sugerindo e acompanhando estratégias para o bem estar da sociedade.
Esse debate vem à tona neste finalzinho de ano, exatamente, porque diferente dos vereadores natalenses que chegaram em um consenso em torno da apresentação das emendas na Lei Orçamentária Anual para o ano de 2018, em Assú o situacionismo vem puxando uma queda de abraço para mostrarem que são mais fortes e capazes de derrubar EMENDAS para atletas, para pessoas excepcionais, etc, etc, etc, sem nenhum parecer constitucional ou contábil. No tocante, ao Projeto do Bolsa Atleta, a situação alega que não existe um projeto legislativo regulamentando-o, mas os mesmos vereadores estão votando favoráveis a recursos para projetos do executivo sem projetos anteriores regulamentando-os. Eis, que surge a dúvida: será que eles não leram a Lei Orçamentária Anual e vão votar favoravelmente apenas porque veio do prefeito e como fiéis partidários dizem sim, sim e sim?
Por Alderi Dantas, 07/12/2017 às 15:30
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