Como acreditar que em pleno ano 2017 d. C. (depois de Cristo), o Assu teve um prefeito eleito e, entre os primeiros atos após a posse, foi pedir para congelar o tempo por 180 dias ou, na verdade, aproximadamente meio ano para... mistério. Pois é, o intuito até hoje estamos sem saber.
Mesmo assim, o tempo acabou, e, afinal, qual foi a nova ordem gerada para os próximos três anos e meio? Qual a agenda administrativa foi produzida ao longo dos 180 dias para, agora, ser apresentada a plateia que teve de esperar diante da falta do médico, do exame e do remédio ou da falta do professor, do auxiliar e do transporte escolar? E finalmente, quais as perspectivas para tapar os enormes buracos no papel do município nos direitos da cidadania e no desenvolvimento social e econômico?
É evidente que, apesar da sinalização de perspectivas nada animadoras no atendimento as perguntas relacionadas acima e as demandas das ruas, a lógica aponta no horizonte o sinal de que, passados os 180 dias, a população do Assu aguarda que se inaugure um novo ciclo na administração municipal.
É hora de esquecer o verde vermelho dos palanques, da mídia oficial e das bandeirinhas do São João. A população quer preto no branco. Inventar mecanismos para engordar as desculpas e os malfeitos processos seletivos simplificados não podem ser os principais e os maiores feitos de uma gestão.
Por último, a dúvida: os programas Escola Melhor, Remédio em Casa, Aluno Universitário, Centro de Especialidades Médicas, Centro de Controle de Zoonoses, Cultura na Praça, Praça Livre (Wi-fi), Guarda Municipal, entre outros compromissos e propostas que introduziram na mente e nos corações do cidadão, na ânsia de ganharem o jogo eleitoral de 2016, vão andar ou permanecerão como uma coletânea de promessas no estilo "me engana que eu gosto" da campanha eleitoral?
E agora, Doutor? As respostas continuarão perguntas ou muito pelo contrário?
Por Alderi Dantas, 29/06/2017 às 15:40 - - Foto: Arquivo