30/01/2017

Câmara do Assu merece textão, sim!

É fácil notar que o progresso se dá numa velocidade maior que o aprimoramento das estruturas das entidades representativas do povo, porém a coisa parece ser bem pior no município do Assu (RN). E um exemplo nítido dessa situação está na Câmara Municipal.

Na semana passada, deu-se início no legislativo assuense um período de sessões extraordinárias para deliberar sobre algumas matérias, entre elas um Projeto de lei assinada pela mesa diretoria da Câmara Municipal do Assu que trata da criação da nova estrutura de cargos do legislativo e eis que no meio do espetáculo aparece entre os órgãos de apoio e assessoramento direto ao presidente João Walace da Silva (foto) um assessor de imprensa e, pasmem, escolaridade: ensino médio.

Porisso, é que resolvi fazer um textão e explicar para a Mesa Diretora da Câmara Municipal do Assú, o que é assessoria de imprensa.

O assessor de imprensa é uma pessoa que deve ter conhecimento amplo sobre os veículos e espaços dentro de cada veículo e capaz de traçar uma estratégia de divulgação condizente com seus objetivos. Por exemplo, você abriu uma cerâmica: seu objetivo com a assessoria de imprensa é alcançar potenciais consumidoras para que elas conheçam seu negócio e possam comprar seus produtos ou informar sobre fato ocorrido e enfatizar as providências da empresa em situações de crise gerados, por exemplo, no decorrer do processo produtivo da cerâmica como, o desgaste acelerado dos solos de onde é retirado o barro, o desmatamento e a poluição do ar ou as péssimas condições de trabalho e falta de equipamentos de segurança. Papel idêntico ocorre com um assessor de imprensa de um legislativo.

Com isso quero dizer que por prestação de serviço (s) de assessoria de imprensa, compreende-se as seguintes ações: projetos de assessorias, definição de políticas e estratégias de comunicação, planejamento de mídia, elaboração e envio de releases e/ou sugestões de pautas. Neste sentido, o exercício da função passa obrigatoriamente pela contratação de um profissional qualificado que compreende e conhece as peculiaridades na produção da informação com qualidade e que possa atuar com eficiência no propósito de sedimentar marcas e ideias, formação que além de especializada, sem dúvidas, não é dada através do ensino médio.

Foi o jornalista americano chamado Ivy Lee quem em 1906, inventou essa atividade especializada. Ele abandonou o jornalismo para estabelecer o primeiro escritório de assessoria de comunicação do mundo, em Nova Iorque. Ele o fez para prestar serviço ao mais impopular homem de negócios dos Estados Unidos: John Rockefeller. Acusado de aspirar ao monopólio, de mover luta sem quartel às pequenas e médias empresas, de combater sem olhar a meios, numa palavra, de ser feroz, impiedoso e sanguinário. O serviço que Ivy Lee prestaria era de conseguir que o velho barão do capitalismo selvagem, de odiado, passasse a ser venerado pela opinião pública. Isso se chama mudança de imagem. E a primeira coisa que aquele jornalista fez foi se comunicar, com transparência e rapidez sobre todos os negócios que envolviam Rockefeller. E conseguiu mudar a imagem do barão dos negócios depois de continuadas ações de envio de informações frequentes à imprensa da época entre outras iniciativas.

Mesmo que o raciocínio seja lógico, parece que a Mesa Diretora da Câmara Municipal do Assu (RN) não entende muito bem o que é isso e qual é o trabalho de um assessor de imprensa.

Por Alderi Dantas, 30/01/2017 às 21:00

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