Uma revolução geopolítica no Nordeste
Por Vinícius Lummertz - Presidente da Embratur
O novo hub aéreo da Latam no Nordeste do Brasil, que vai funcionar como mais um centro internacional de conexão de voos, trará reflexos geopolíticos importantes para a região, para o Brasil é para a América Latina.
Para a região Nordeste, qualquer que seja a escolha da Latam, os impactos são históricos e reforçam o potencial da região para conectar o Brasil com o mundo. Vale lembrar que já foram pre-qualificadas Fortaleza, Natal e Recife (por ordem alfabética). A primeira vocação do Nordeste foi durante os séculos 17 e 18 marítima e portanto logística. Ali nasceu por proximidade da Europa e que viria a ser a civilização brasileira.
A reedição para os dias de hoje de um novo protagonismo do Nordeste do Brasil e o hub aéreo que reaproximará a região Nordeste da Europa, das Américas e do Norte da África. Os impactos, por óbvio, irão para além do turismo. Haverá impactos culturais, na indústria de transformação e nas áreas econômicas de alto valor agregado.
Para o Brasil, o hub do Nordeste coroa uma estratégia iniciada no programa de conexão dos grandes aeroportos, que teve como simbologia o ágio de R$ 20 bilhões pagos na concessão do aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, maior que o obtido pelo pré-sal, e do nascimento do hub de Brasília.
Desde a abertura dos portos por Don João VI, em 1808, não se viu tamanha possibilidade de integração do Brasil ao mundo e da interiorização desta revolução pelo projeto de incremento de 270 aeroportos regionais comandado pela SAC (Secretaria de Aviação Civil), que contribuirá para ainda mais para modernizar o transporte aéreo no País e, com isso, aproximar pessoas e destinos turísticos.
O Brasil ainda é um país de baixa integração internacional, processo forçado durante 25 anos de governos militares. A abertura acelerada passa pela integração aérea. Em 2014, por exemplo, foram 206 milhões de viagens áreas domésticas.
O impacto geopolítico no âmbito das relações com a América Latina, destas integrações aéreas, ocasionadas pelos lógicas binacionais da Latam e Avianca, pela nova lógica Azul-TAP acelerando o hub de Lisboa também fortalecem os laços ibéricos. A América Latina, em especial a região Noroeste do Brasil, ganha com a instalação do hub Nordeste uma multi-integração que, de forma geral, nos aproxima do Pacífico e em especial da China, Japão e Coreia e também da Rússia.
Para a América Latina e o Caribe a integração aérea tem tanta força quanto a espada de Simon Bolívar. A nova realidade dos aeroportos brasileiros ajudou o Brasil a subir mais de 20 posições no ranking de competitividade do turismo global elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
Mas a integração aérea não fará o trabalho sozinho, devemos fazer um esforço paralelo melhorando as condições para facilitar investimentos no Brasil _calcanhar de Aquiles da nossa competitividade global. Temos que voar mais alto, e para isto pensar grande entendendo que não existe futuro longe da integração das cadeias internacionais de produção e investimento. Temos pressa? Deveríamos ter mais ainda.
Esse processo de integração, que beneficiará todos os Estados brasileiros e também a América Latina, inclui também parcerias entre todos os atores públicos e privados envolvidos no setor de turismo. Em 2014, por exemplo, parceria entre a Embratur e a Gol permitiu a inclusão da Marca Brasil, símbolo criado para representar a imagem do turismo brasileiro no mundo inteiro, nas aeronaves da empresa.
O novo hub aéreo da Latam no Nordeste do Brasil, que vai funcionar como mais um centro internacional de conexão de voos, trará reflexos geopolíticos importantes para a região, para o Brasil é para a América Latina.
Para a região Nordeste, qualquer que seja a escolha da Latam, os impactos são históricos e reforçam o potencial da região para conectar o Brasil com o mundo. Vale lembrar que já foram pre-qualificadas Fortaleza, Natal e Recife (por ordem alfabética). A primeira vocação do Nordeste foi durante os séculos 17 e 18 marítima e portanto logística. Ali nasceu por proximidade da Europa e que viria a ser a civilização brasileira.
A reedição para os dias de hoje de um novo protagonismo do Nordeste do Brasil e o hub aéreo que reaproximará a região Nordeste da Europa, das Américas e do Norte da África. Os impactos, por óbvio, irão para além do turismo. Haverá impactos culturais, na indústria de transformação e nas áreas econômicas de alto valor agregado.
Para o Brasil, o hub do Nordeste coroa uma estratégia iniciada no programa de conexão dos grandes aeroportos, que teve como simbologia o ágio de R$ 20 bilhões pagos na concessão do aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, maior que o obtido pelo pré-sal, e do nascimento do hub de Brasília.
Desde a abertura dos portos por Don João VI, em 1808, não se viu tamanha possibilidade de integração do Brasil ao mundo e da interiorização desta revolução pelo projeto de incremento de 270 aeroportos regionais comandado pela SAC (Secretaria de Aviação Civil), que contribuirá para ainda mais para modernizar o transporte aéreo no País e, com isso, aproximar pessoas e destinos turísticos.
O Brasil ainda é um país de baixa integração internacional, processo forçado durante 25 anos de governos militares. A abertura acelerada passa pela integração aérea. Em 2014, por exemplo, foram 206 milhões de viagens áreas domésticas.
O impacto geopolítico no âmbito das relações com a América Latina, destas integrações aéreas, ocasionadas pelos lógicas binacionais da Latam e Avianca, pela nova lógica Azul-TAP acelerando o hub de Lisboa também fortalecem os laços ibéricos. A América Latina, em especial a região Noroeste do Brasil, ganha com a instalação do hub Nordeste uma multi-integração que, de forma geral, nos aproxima do Pacífico e em especial da China, Japão e Coreia e também da Rússia.
Para a América Latina e o Caribe a integração aérea tem tanta força quanto a espada de Simon Bolívar. A nova realidade dos aeroportos brasileiros ajudou o Brasil a subir mais de 20 posições no ranking de competitividade do turismo global elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
Mas a integração aérea não fará o trabalho sozinho, devemos fazer um esforço paralelo melhorando as condições para facilitar investimentos no Brasil _calcanhar de Aquiles da nossa competitividade global. Temos que voar mais alto, e para isto pensar grande entendendo que não existe futuro longe da integração das cadeias internacionais de produção e investimento. Temos pressa? Deveríamos ter mais ainda.
Esse processo de integração, que beneficiará todos os Estados brasileiros e também a América Latina, inclui também parcerias entre todos os atores públicos e privados envolvidos no setor de turismo. Em 2014, por exemplo, parceria entre a Embratur e a Gol permitiu a inclusão da Marca Brasil, símbolo criado para representar a imagem do turismo brasileiro no mundo inteiro, nas aeronaves da empresa.
Postado em 13/09/2015 às 21:00
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