O RN, o baixo clero e os filhos (e outros parentes) de políticos
Com a saída da disputa por uma vaga na Câmara Federal dos deputados Henrique Alves, João Maia, Betinho Rosado (pai) e Fátima Bezerra o Rio Grande do Norte caminha para ter a maioria dos seus parlamentares na próxima legislatura no grupo de deputados conhecido como “baixo clero”, integrada pelos deputados que não têm expressão.
Mas, o que surpreende de verdade é o fato de que maioria dos candidatos a uma vaga na Câmara são parentes de velhos políticos. O blog toca apenas na disputa no âmbito da Câmara Federal, o que já dá uma grande amostra do quão vasto é o universo de parentes disputando os mais variados cargos eletivos Rio Grande do Norte afora.
A pratica leva à transformação dos espaços de poder em feudos familiares. Isso é muito ruim. Pela seguinte razão: por um lado, significa que não está havendo renovação de quadros – os partidos, os movimentos sociais não estão formando quadros e, por isso, fica aí esta transferência hereditária; e, de outro lado, muitos deles estão assumindo espaços de ‘ficha suja’, o que é profundamente lamentável.
Confira quem são os principais parentes de políticos do RN que tentam uma vaga na Câmara:
Betinho Segundo (PP) – filho do deputado federal Betinho Rosado – novo na disputa;
Rafael Motta (PROS) – filho do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta – novo na disputa;
Walter Alves (PMDB) – filho do senador licenciado e atual ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves – novo na disputa;
Zenaide Maia (PR) – irmã do deputado federal João Maia e mulher do prefeito de São Gonçalo do Amarante – nova na disputa;
Felipe Maia (DEM) – filho do ex-governador e atual senador José Agripino – reeleição.
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>>> Divulgada sem custos para partidos e políticos que disputam uma eleição, a chamada propaganda eleitoral gratuita custa milhões de reais aos bolsos dos contribuintes. Só este ano, a estimativa da Receita Federal é de que a União deixe de arrecadar R$ 839.5 milhões em impostos com as inserções veiculadas entre 19 de agosto e 24 de outubro.
A quantia será descontada do total de tributos pagos pelas empresas de rádio e TV de sinal aberto, obrigadas a veicular a publicidade obrigatória.
Os interessados em solicitar a reimpressão do título devem comparecer a qualquer cartório eleitoral, mesmo que não seja na cidade onde mora, e apresentar um documento oficial com foto. A nova via do título mantém as mesmas informações da via original e é impressa na mesma hora para o eleitor. No entanto, só pode pedir a reimpressão o eleitor que já tinha o título ou o solicitou até 5 de maio deste ano, data em que foi fechado o cadastro eleitoral para estas eleições.
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# “Eu voto por amor. Amor a uma causa. Não por ódio como faz uma certa elite.”, por Ailton Medeiros @blogdoailto
# “Nosso sistema político-eleitoral está esgotado. A democracia brasileira é apenas formal. Não nos sentimos representados. #ReformaPolíticaJá”, por Ana Ximenes @AnaXimenesReal
# “Atenção, senhores candidatos ao Governo do RN: a realidade do estado é péssima! Nada de choradeira a partir de 1° de janeiro.”, por Cláudia Santa Rosa @ClaudiaStaRosa
Zum zum zum
Eliminados pela Lei da Ficha Limpa, políticos com processos na Justiça renunciaram há cerca de dez dias e repassaram suas vagas a familiares para, assim, tentar se manter perto do poder. Flagrado recebendo dinheiro no escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, José Roberto Arruda (PR) desistiu da candidatura ao governo do Distrito Federal e indicou a mulher, Flávia Peres Arruda, para vice. Político recordista de processos na Justiça, o candidato ao governo de Mato Grosso pelo PSD, José Riva, abandonou a disputa mas deixou a mulher, Janete, em sua vaga. Em Roraima, Neudo Campos (PP), outro campeão em ações judiciais, abandonou a disputa, mas indicou a mulher, Suely, para a vaga. Todos os que renunciaram tiveram as candidaturas impugnadas pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Flash
quando propõe fazer muito mais
Por Alderi Dantas, 23/09/2014 às 19:00
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