No próximo dia 6 de abril acontecerá o translado dos restos mortais da Beata Lindalva Justo de Oliveira, do Abrigo Dom Pedro II – onde se encontra desde março de 2001 – para a capela do Instituto Nossa Senhora da Salette (Rua do Salete, 47 – Barris). Antes do traslado será celebrada uma Missa, às 9h, no abrigo (Avenida Luiz Tarquínio, 20, Boa Viagem) e, em seguida, os devotos seguirão em carreata até o Salette.
Muitos fiéis sairão de Assu (RN) até Salvador (BA) no propósito de presenciar o momento histórico.
Irmã Lindalva - Religiosa das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, a assuense Lindalva Justo de Oliveira passou a frequentar o movimento vocacional das Filhas da Caridade em 1986 e no ano seguinte ingressou na Congregação. Viveu seu noviciado em Recife e, após encerrá-lo, entregou-se aos votos de pobreza, castidade e obediência.
Em 1991, Irmã Lindalva foi transferida para Salvador e passou a servir o Abrigo Dom Pedro II, que presta assistência a idosos pobres no bairro de Roma. Neste local, ela passou por várias dificuldades. Um dos internos, Augusto da Silva Peixoto começou a assediá-la e diante da resistência da religiosa, passou a importuná-la. Receosa, Irmã Lindalva comentou sobre a situação com as outras religiosas.
Uma das funcionárias repreendeu Augusto pela sua postura e, inconformado, ele comprou uma faca peixeira. No dia 9 de abril de 1993, Sexta-feira Santa, Irmã Lindalva estava servindo o café da manhã aos idosos, quando foi surpreendida por Augusto, que lhe esfaqueou várias vezes até a sua morte. O episódio foi associado à Sexta-Feira da Paixão e foi enxergado como martírio em nome do serviço a Deus.
Por Alderi Dantas, 02/04/2014 às 08:50
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